Imprimir em 3D: A verdade que nunca lhe contaram!

A Impressão em 3D é uma tecnologia relativamente nova e, por consequência, ainda existem várias dúvidas a respeito. As impressoras 3D são vantajosas em diversos aspectos, como na fabricação de peças com alto nível de detalhamento, na redução de tempo e custos e também na viabilidade de utilizar muitos materiais e produzir peças personalizadas.

Essa ampla gama de possibilidades que se abre não quer dizer que a impressão tridimensional não possua suas limitações. Muitas pessoas acreditam que poderão imprimir produtos tridimensionais em casa, assim como ocorre com as impressoras 2D.

Entretanto, o uso doméstico desses equipamentos ainda não é uma realidade do setor. Isso porque ter uma impressora 3D não seria tão vantajoso, já que seria necessária uma especialização na área para manusear corretamente o equipamento e, assim, aproveitá-lo da melhor forma possível.

A população, em geral, não compreende a fundo como os processos de impressão tridimensional ocorrem e isso está evidenciado nas expectativas cada vez mais altas dessas pessoas. Veja abaixo algumas questões que limitam a impressão 3D.

Conheça algumas verdades sobre imprimir em 3D

O primeiro passo para entender que a impressão tridimensional não é tão simples como se pensa, é ter em mente que há várias ferramentas, materiais e técnicas que devem ser devidamente estudados para que o processo de impressão seja bem-sucedido. Além disso, esclarecer algumas questões sobre essa tecnologia se faz necessário.

Confira a seguir alguns fatores que impossibilitam a aplicação da impressão 3D para determinadas finalidades e as verdades da técnica que poucas pessoas conhecem.

1. A resistência da peça pode não ser a ideal

A impressão 3D é uma tecnologia que complementa os modelos convencionais de fabricação. Nesse sentido, as peças impressas de forma tridimensional não apresentam resistência equivalente aos objetos fabricados de modo tradicional.

Essa questão pode variar de acordo com o material utilizado e o tipo de plano de construção, já que planos horizontais são mais resistentes que os verticais. Além disso, em uma impressão 3D, a aderência das camadas não é uniforme em toda a peça, o que também afeta a resistência do objeto fabricado.

Uma peça impressa de forma tridimensional pode ser mais resistente quando comparada a um protótipo feito manualmente e utilizando materiais como papelão e isopor, por exemplo. Entretanto, não é possível garantir a resistência de um objeto impresso se comparado a um protótipo criado por métodos tradicionais de produção como a usinagem e a injeção.

2. Os gastos com material podem não compensar

Já que a impressão tridimensional é feita pela deposição de material, os custos estão relacionados principalmente à quantidade de matéria-prima utilizada. Dependendo do tamanho necessário, uma quantidade maior do produto deverá ser usada. Dessa forma, o custo será alto.

O tipo de material a ser utilizado também é um dos pontos que alteram o valor final. Dependendo da finalidade da peça, um material específico precisará ser utilizado. Nesse sentido, algumas matérias-primas são mais em conta e outras mais caras. Dessa forma, um material muito característico e exclusivo pode ser inviável financeiramente para o cliente.

Ademais, utilizar materiais de custo inferior pode acarretar problemas relacionados à resistência e acabamento. Nesse contexto, o uso de matéria-prima não confiável pode trazer desperdício de material e tempo no procedimento de impressão.

Dessa forma, no quesito economia, a impressão tridimensional não demonstra tamanha vantagem em relação às formas tradicionais de fabricação.

3. A finalização nem sempre é como esperada

A superfície dos materiais impressos de forma tridimensional apresenta um acabamento um pouco irregular por causa das muitas camadas de deposição do material.

Por esse motivo, a peça pode apresentar emendas que podem estar visíveis ou não no modelo impresso. Desse modo, é importante destacar que falhas são comuns durante o processo de impressão. Contudo, diversos testes devem se feitos para definir um padrão de qualidade em uma superfície irregular, para que a finalidade do produto não seja afetada.

Há ainda a possibilidade de processar a peça posteriormente, dando um acabamento polido e regular. Entretanto, esse processo pode alterar detalhes do objeto impresso.

Além de ser um processo demorado e trabalhoso, a fabricação da peça necessita de produtos e procedimentos distintos. Nesse contexto, caso sejam impressos diversos objetos do mesmo padrão, pode acontecer de esses não terem o mesmo acabamento e aparência final.

4. A velocidade de impressão é um fator limitante para a boa aparência da peça

Para imprimir uma peça tridimensional com riqueza de detalhes, as camadas devem ser mais finas e esse fato acarreta em um maior tempo gasto na criação de um único objeto. Esse é um dos mitos relacionados à impressão tridimensional, quanto maior for a peça, maior pode ser a velocidade.

Cada objeto requer uma velocidade específica, que afeta diretamente o tempo de impressão, que pode ser desde horas até dias. No caso de imprimir diversas peças iguais, o tempo de impressão será o mesmo para todas elas.

5. Em geral, só é possível imprimir um material

Por possuírem temperaturas de fusão distintas, imprimir mais de um material para compor uma única impressão nas impressoras 3D, nem sempre é viável. Dessa forma, gerar aderência entre as camadas utilizando distintos materiais não é uma tarefa simples.

Apesar de ser possível imprimir um objeto com materiais diferentes, o processo se torna mais demorado, trabalhoso e exige máquinas de alta performance. Sendo assim, os produtos criados, geralmente, são feitos de uma única matéria-prima.

6. A diversidade de impressoras 3D e os problemas de cada uma

Dependendo do modelo de impressora 3D é possível criar objetos mais detalhados, utilizar temperaturas maiores ou obter melhores acabamentos.

Nesse contexto, a demanda de produção, o local e o pessoal devem estar de acordo com as exigências de implantação do processo de impressão, garantindo que o ambiente seja o mais adequado para essa finalidade.

Logo, cada impressora possui as suas limitações, não só em relação ao modo como é utilizada mas também ao ambiente de uso, por isso é necessário conhecê-las para se adequar à capacidade delas.

7. Necessidade de aprender as diversas técnicas

Para usufruir das inúmeras vantagens que a impressão 3D pode trazer, deve se ter o entendimento de técnicas, softwares de modelagem 3D para impressão, conhecimento dos detalhes eletrônicos e mecânicos das impressoras, além de compreender sobre geometria tridimensional.

Para auxiliar aqueles que não possuem habilidades com modelagem tridimensional, por exemplo, diversos arquivos são disponibilizados na internet, porém não é possível saber se a impressão desses objetos será feita com qualidade.

Outra maneira é utilizar o escaneamento 3D. Entretanto, nesses casos só é possível reproduzir a superfície de um objeto e não as suas partes internas. Além disso, é necessário ter um conhecimento amplo em modelagem tridimensional. É um processo de engenharia reversa bastante demorado e é bastante útil em peças muito complexas.

Dessa forma, o melhor mesmo é investir em especializações na área de modelagem 3D e também em cursos que possibilitem a manipulação do equipamento, já que para imprimir é necessário selecionar diversos parâmetros que são específicos para cada peça.

Além disso, o conhecimento sobre a área permite investigar qual tipo de material será necessário para a produção de cada objeto, dependendo da sua finalidade.

8. Necessidade de local apropriado para armazenamento

O armazenamento da matéria-prima deve ser feito em um ambiente adequado, com umidade reduzida, para evitar possíveis problemas de qualidade e resistência no objeto impresso.

Cada material deve ter um armazenamento específico, além disso, materiais distintos não podem estar em conjunto no mesmo ambiente, já que cada um necessita de temperatura e umidade característicos. Sendo assim, até o clima local e a região geográfica influencia no modo como se deve armazenar cada matéria-prima.

Na MUV, o armazenamento é feito em uma estufa, o que garante a qualidade do material e da peça fabricada.

Uma história para ilustrar

Um cliente da MUV necessitou de alguns objetos para reposição em um equipamento. Entretanto, o material original dessas peças não era adequado para a impressão tridimensional. Após um levantamento dos materiais disponíveis, a MUV importou uma matéria-prima específica e que seria adequada para a finalidade dos objetos.

Uma peça de amostra foi feita com esse material e testada por 60 dias pela empresa. A qualidade e a finalidade das peças foram aprovadas pela instituição. Depois do sucesso na resolução do problema, diversos setores da mesma empresa pediram orçamentos de produtos simples que seriam facilmente produzidos por outras técnicas a um custo muito inferior.

Nossos especialistas orientaram a empresa cliente sobre o fato, recomendando que tais peças fossem produzidas por outra tecnologia que não a impressão 3D. Sem tal conhecimento, o cliente poderia cair no erro de gastar mais para imprimir os objetos sem necessidade.

Esse relato salienta que a impressão 3D atua não como uma substituta dos métodos de criação convencionais, mas sim como um complemento dessas metodologias, agindo quando elas não são viáveis de alguma forma.

Conclusão

Todas essas ponderações não retiram os méritos da impressão 3D. Essa tecnologia e tem um grande potencial para solucionar problemas de diversas áreas de fabricação e desenvolvimento de peças. Entretanto, o seu uso para algumas aplicações ainda é limitado por diversas questões, tanto pertinentes à tecnologia quanto à experiência do usuário.

Devido a toda essa complexidade de imprimir em 3D, é preciso contar com uma empresa que tenha especialidade no assunto e garanta uma análise personalizada do projeto de impressão. A MUV estuda a necessidade de cada cliente e assegura que a impressão do objeto possa atender às suas expectativas. Faça um orçamento conosco!

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