Filamento flexível: Guia para fazer a escolha certa

Com o avanço das impressões 3D, o filamento flexível surgiu como alternativa a partir de uma procura por polímeros de menor densidade, menor custo de produção, maior produtividade, entre outros benefícios e, por isso, vem mostrando ter uma série de aplicações muito interessantes. Por isso, ter conhecimento geral sobre esses materiais, se torna imprescindível para evitar problemas que podem causar sérios danos ao resultado final do seu produto.

O que é um filamento flexível?

Conhecido também como material flexível, é um material que possui propriedades rígidas feitas com plástico e borracha. Essa mistura é também chamada de elastômero termoplástico, conhecida pela sigla de TPE.

No entanto, podem ser encontrados o TPA, TPU e TPC. Todos eles, mesmo que de certa forma sejam semelhantes, ainda possuem determinadas características que os diferenciam entre si.

Ainda assim, a partir dessa composição presente no material flexível, é possível notar que os elastômeros termoplásticos comportam-se de maneira semelhante à borracha. Dessa forma, podem perfeitamente ser esticados, torcidos e passar por demais movimentos sem correr o risco de quebrar.

As vantagens que o material flexível oferece são muitas. Entre elas é possível citar a incrível flexibilidade e a capacidade de se adaptar muito bem às aplicações específicas.

Principais tipos de filamento flexível

A partir do momento em que se descobre o filamento flexível e entende como utilizá-lo, é preciso também entender as diferenças que cada um possui. O motivo é que, conhecendo as características do  material, será muito mais fácil definir qual atende melhor em sua aplicação.

Além disso, o conhecimento pode garantir ótimos resultados finais, maior eficiência e economia de recursos. 

1. Poliuretano termoplástico – TPU

No caso do material flexível TPU, é possível encontrar características que se tornam realmente vantajosas. Nesse material, há uma grande resistência ao desgaste e uma flexibilidade que muito se assemelha à borracha.

Logo, faz com que seja altamente resistente a produtos químicos e garanta um ótimo resultado. Quando cuidado de maneira devida, o material TPU pode ter uma grande durabilidade. 

Por conta disso, é um dos materiais flexíveis de maior preferência entre diversos profissionais. A sua utilização é muito vista em revestimentos industriais e prototipagem.

2. Copoliéster termoplástico – TPC

O Copoliéster é altamente elástico. No entanto, uma das suas principais características e diferenciais é, de fato, o UV. Por conta disso, é extremamente resistente a produtos químicos e por isso se torna um dos materiais flexíveis preferidos.

Quando é utilizado, o TPC se destaca por ter ótimos resultados em ferramentais, prototipagem e demais peças de uso final.

3. Elastômero termoplástico – TPE

Entre as principais características que fazem com que o material flexível TPE se destaque, é a sua incrível durabilidade, resistência à fadiga e leveza. Além disso, é um material pouco afetado pelo frio. Por isso, mesmo em locais onde a temperatura fria é constante, não perde sua flexibilidade e desempenho.

Por conta de tais características, é ótimo para ser utilizado em peças de reposição, peças de uso final, auxiliares de fabricação, etc.

Como proceder na hora da impressão

A partir da grande variedade de materiais flexíveis que existem no mercado, é de suma importância selecionar o material correto. Além disso, também é importante garantir a opinião de um especialista da área para auxiliar nessa etapa.

Além do especialista, também é indicado garantir a escolha do material correto à sua necessidade. Que também se adequa a uma melhor fabricação, com menos desperdício. Ainda assim, mesmo tendo recomendações de fabricantes, é indicado sempre consultar antes a aplicação real do produto.

Além da aplicação real, a geometria do modelo também deve ser consultada, já que o uso desse material possui restrições para alguns casos. 

No entanto, é muito importante ter em mente que flexibilidade, solidez e elasticidade são as maiores e principais vantagens desses materiais. Além disso, também têm a capacidade de suportar uma grande quantidade de estresse mecânico e, ainda assim, não quebrar.  

Logo, isso significa que podem ser utilizados em peças altamente estressadas, mas é preciso ter plena consciência de que nem todos os modelos são adequados para impressão de materiais flexíveis.

Para imprimir e descobrir as características das peças, existe uma maneira fácil e comum de classificar os diferentes filamentos flexíveis. Esse teste consiste em aplicar o teste de dureza Shore. Para isso, utiliza-se a escala Shore A.

A escala Shore A é frequentemente utilizada nos momentos em que há a necessidade de comparar as durezas presentes em diferentes borrachas.

Classificação

Após realizar o teste para classificar, é possível notar que os filamentos flexíveis da impressora 3D são, geralmente, classificados em um escala de 75A a 100A. Como a escala de dureza Shore possui uma variação que vai de 0 a 100, 75A está em torno do limite baixo de rigidez.

Esse limite baixo se refere à extrusão de um filamento em uma impressora 3D FDM. Para melhor explicação, pode-se comprar a sua dureza com uma sola de sapato. Já a 100A, equivale à dureza de uma roda de carrinho de compras, como aquelas de supermercado ou feira.

Logo, as peças impressas em 3D com TPU, por exemplo, são duráveis e têm uma capacidade incrível de suportar temperaturas ambientes de até 80 graus Celsius.

Benefícios do filamento flexível

Com o filamento flexível, é perfeitamente possível usar peças com este material para fazer submontagem com grandes interferências. Além disso, também pode-se fazer protetores ou batentes onde suavizam os choques como em fins de cursos de máquinas.

Outros benefícios e utilidades do filamento flexível é conseguir fazer a montagem do protótipo igualmente a peça real, por exemplo: 

  • Montar um pneu em aro de carrinho;
  • Peças de apoio para eliminar folga de componentes;
  • Usar como protótipos reais quando o produto é maleável, então o protótipo também fica maleável.

Até mesmo suportar impactos na própria montagem com outras peças, fazer com que a peça protótipo copie os desníveis facilmente da outra peça onde está sendo montada, etc.

Dessa forma, é possível garantir uma série de benefícios, entre eles está o ótimo resultado final no produto realizado. Mesmo que não seja um material tão fácil de manusear, ainda assim se torna altamente vantajoso.

 

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