Nos dias atuais, não há como falar em eficiência produtiva sem conhecer o conceito de gestão de projetos. Afinal, essa metodologia é caracterizada pela sua eficácia em apresentar bons resultados, independente do segmento econômico.
Vivemos em um mundo onde a maioria dos segmentos são considerados competitivos. Mesmo que uma empresa lance um novo produto, não irá demorar muito para os concorrentes descobrirem a tecnologia e copiarem, mesmo que parcialmente, o produto.
Sendo assim, podemos dizer que não há mais espaços para erros. Por isso é inadmissível que um projeto, independente do seu tamanho, seja implementado sem planejamento, cronograma detalhado e orçamento definido.
Entendendo o conceito de Gestão de Projetos
Indústrias dos mais variados portes precisam de uma boa gestão de projetos para evitar perdas financeiras. Contudo, principalmente no Brasil, é possível observar empresas que ainda trabalham bastante no improviso.
Por exemplo, o lançamento de um produto não é estudado minuciosamente, sendo que o processo de aceitação dele é feito entre tentativa e erro. Isso se deve em boa parte pela falta de conhecimento da aplicabilidade da gestão de projetos para que as estratégias empresariais tenham realmente resultados mais efetivos.
Em casos onde as indústrias trabalham, digamos, no improviso, é possível observar que há um conhecimento superficial em relação à metodologia. Ademais, as aplicações são incompletas nesses casos, por conta da falta de cumprimento de prazos e também pela cultura do improviso.
Perde-se pouco tempo com planejamento e muito tempo com ação. Como consequência, o custo de lançamentos ou aprimoramentos de produtos acaba sendo muito mais alto do que realmente deveria ser.
Empresas que realmente se dedicam à gestão de projetos conseguem definir com mais clareza os objetivos, o cronograma para atingi-lo, bem como o orçamento total do projeto. Porém, é preciso acima de tudo entender o ciclo de vida de um projeto.
Entendendo o ciclo de vida de um projeto
Desde quando nascemos até o dia da nossa morte, temos um ciclo de vida. Somos lançados ao mundo, passamos por uma fase de crescimento e desenvolvimento, atingimos a maturidade e logo começamos a fase de declínio na velhice até que inevitavelmente morremos.
Um produto ou até mesmo um negócio não é diferente. Todavia, um projeto pode ter uma vida útil de um ano, dez anos ou até mesmo cem anos, dependendo do seu aspecto e do tamanho do mercado que ele irá abocanhar.
Assim sendo, quando se planeja um lançamento de um produto, é preciso procurar identificar qual é o tempo de vida deste produto. Analisar também quanto tempo ele ficará em crescimento, quanto tempo em sua maturidade e quanto tempo em declínio.
Sem entender o tempo de vida de um projeto dificilmente uma empresa saberá quais são os entregáveis que deverão ser desenvolvidos no âmbito técnico e gerencial.
É também por meio do ciclo de vida do projeto que os gestores irão desenvolver os processos e saberão como utilizar as ferramentas adequadas de gestão. A Estrutura Analítica do Projeto (EAP) só poderá ser elaborada conhecendo o ciclo de vida dele.
Este gráfico representa as fases (completas) relacionadas ao ciclo de vida de um produto
O estudo de viabilidade econômica como etapa do projeto
Agora que já entendemos que todo gestor de projeto precisa saber o ciclo de vida do projeto, fica mais fácil pensar no estudo de viabilidade econômica desse projeto.
Imagine que a alta direção de uma empresa identificou uma oportunidade de mercado. Sendo assim, ela emite uma autorização ao gestor do projeto para se fazer um estudo de viabilidade econômica dessa oportunidade identificada.
Conhecendo, dessa forma, o ciclo de vida de um projeto, o gerente conseguirá definir se o estudo de viabilidade econômica será uma fase do projeto ou um projeto autônomo separado. Para definir isso é importante saber a clareza do que se pretende.
Quando ainda não está muito claro o nicho de mercado que se pretende atingir, quanto tempo o produto ou negócio tem de vida útil ou se haverá realmente viabilidade no negócio, é preciso então encarar o estudo de viabilidade como um projeto separado.
Pois será por meio dele que a empresa conseguirá definir mais claramente algumas questões para então saber o retorno sobre investimento do mesmo. É preciso salientar também que cada fase do projeto precisa ser amparada com formulários, gráficos e até mesmo lista de verificações, principalmente para empresas que querem adotar o conceito de indústria 4.0.
A gestão de projetos e a indústria 4.0
O conceito de indústria 4.0 está crescendo no Brasil e no mundo. Basicamente, é um conceito onde uma série de inovações tecnológicas são aplicadas dentro de uma indústria com a finalidade de tornar todo o processo interligado.
Sendo assim, na indústria 4.0, por meio da iOT (Internet das Coisas) todos os dados da empresa são arquivados em nuvens, aliás, toda a produção funciona em nuvens. Desse modo, os dados são coletados em tempo real, otimizando a produtividade.
Com isso, o gestor de projetos passa a ter informações muito mais sólidas, sendo que ao fazer uso da tecnologia ele poderá ter respostas muito mais rapidamente para diversas fases do projeto, minimizando assim custos de investimento.
Como a indústria 4.0 funciona de forma inteiramente interligada, é também extremamente essencial que o gestor de projetos invista ainda mais tempo planejando.
A amplitude da Gestão de Projetos
Como você pode observar, a gestão de projetos é primordial tanto para grandes quanto para pequenas e médias indústrias. Além do mais, ela não serve somente para o lançamento de um produto no mercado, como também para uma mudança em etapas do projeto.
Um bom exemplo disso é tomar uma decisão sobre terceirizar ou não uma etapa da produção. Nesse caso, não há como tomar uma atitude sem um bom planejamento antes. Pois dependendo da decisão, a empresa poderá reduzir custos ganhando competitividade ou simplesmente dar um passo equivocado quando o planejamento não é bem traçado.
É justamente por isso que esse é um setor altamente importante dentro de uma indústria.